sábado, 2 de janeiro de 2016

Truta marisca

Boas, pessoal mais uma especie muito bonita que se encontra em portugal

Nome científico (valido)-Salmo trutta 

(outros)-Salmo lacustris, Salmo trutta fario

Família-Salmonidae 

Nomes comums-Truta-marisca, Truta-fário, Truta-de-rio 

Distribuição Global-Ampla distribuição Paleártica. Introduzido na América e Austrália. 

Morfologia-Espécie de tamanho médio com duas barbatanas dorsais sendo a primeira espinhosa e a segunda adiposa. As escamas relativamente pequenas. Boca maior do que a do Salmão estendendo-se para lá do bordo posterior da orbita.     

Coloração-Dorso em geral pardo-esverdeado, flancos esverdeados ou amarelados e ventre amarelado ou branco. A barbatana caudal nunca é completamente pintalgada de manchas negras. As manchas dos flancos podem ser avermelhadas ou negras, estando as primeiras rodeadas de um circulo colorido.

Nativa-Sim

Migrador anádromo-Sim

Migrador catádromo-Não

Longevidade-15   

Tamanho máximo (cm)-100

Maturação sexual machos-25 CS (2+); Lima (1+)     

Maturação sexual fêmeas-25 CS (2+); Lima (2+)    

Época de reprodução-Novembro a Janeiro (Espanha); Primavera a Outono. Lima: Novembro a Fevereiro, postura em Janeiro.

Nº médio de ovos por fêmea-870 (270 mm)  

Habitat geral-A truta surge em rios com águas frias e oxigenadas, preferindo locais com elevadas velocidades de corrente, normalmente evita locais pouco profundos. Ocorre em locais com substrato com granulometria superior a 7,5 cm para abrigo e seleciona zonas com vegetação ripícola saliente e raízes. As trutas com menos de 10 cm ocupam águas menos profundas com correntes fortes (riffles). A truta vive em rios geralmente com boa qualidade da água.

Habitat de reprodução-Locais com vegetação e abrigos e macroinvertebrados. Boa qualidade da água. Indice biotico superior a 8. Posturas em gravilha com águas entre os 5 e 10ºC. A reprodução inicia-se quando a tempreatura varia entre 9 e 13ºC e o caudal é superior a 1,10 m cúbicos por segundo. Os locais de desova são pequenas áreas isoladas com pequenas porções de substrato adequado que formam um mosaico com outros tipos de substrato. 

Alimentação-A truta apresenta uma alimentação generalista, ingerindo as presas que descem o rio (deriva). Esta espécie ingere larvas de dípteros e de plecópteros sendo um predador selectivo que aumenta a sua selectividade com o tamanho-idade. Os juvenis de truta (0+ e 1+ de idade) consomem tricópteros, efémerópteros, dípteros, coleópteros e raramente alguns invertebrados terrestres e peixes, enquanto as trutas adultas comem peixes (Barbos, Bogas, outras trutas) e anfíbios.                

Curiosidades-Niveis de introgressão baixos ou não existentes entre espécies cultivadas e selvagens. A população do Parque Nacional da Peneda Gerês apresenta um património genético único a nivel nacional. Tem sido introduzida desde o inicio do século XX. Esta espécie tem sido introduzida em muitos rios de Portugal, nomeadamente nos rios Coura, Âncora, Lima, Vez, Cávado, Homem, Ave, Ferreira, Sousa, Leça, Caima e Paiva. Não existe uma competição evidente pelo uso do habitat entre as trutas nativas e as de cativeiro.          

Interesse comercial e Usos-Espécie com elevado interesse comercial, na pesca desportiva e gastronómico.

Tamanho mínimo de captura-19cm

Período de pesca-1 de Março a 31 de Julho 

LV 2005-Criticamente em perigo 

LV ES-V 

CITES-sem 

IUCN-sem 

Berna-sem 

Directiva Habitats-sem 

Justificação de regulamentação-Pouco abundante e em regressão

Factores de ameaça-Existe sobrepesca da truta havendo um desrespeito pela época de defeso. Os repovoamentos realizados provocam introgressão genética nas populações selvagens. A introdução do lúcio e a extracção de inertes têm causado impacte na truta. Poluição e alteração dos caudais também são causas apontadas como ameaças à sobrevivência da espécie.       

Medidas mitigadoras-De forma a permitir a viabilidade populacional da truta, terá que se assegurar a protecção de áreas de postura e manutenção da sua qualidade. Deve-se também nao realizar repovoamentos indiscriminados, usando apenas indivíduos autóctones. De forma a reduzir o efeito da poluição terá que se efectuar o tratamento de alfuentes. As obras hidráulicas terão de ser minimizadas através de construção de passagem para peixes adequadas, e da gestão dos caudais nas bacias regularizadas. A pesca terá ser re-ordenada através da criação de zonas de pesca profissional. A legislação terá de ser alterada de forma a que o período de defeso seja de acordo com a época de postura. Terá de haver uma maior fiscalização sobre a pesca, havendo campanhas de esclarecimento dos pescadores. Pagamento de indemnizações para pescadores que compense as quebras de rendimentos resultantes da adaptação das artes de pesca a uma lei conservantista. Manter desobstruído o troço internacional do rio Minho até à barragem de Frieiras. Criar dispositivos de passagem para peixes nos açudes do rio Cávado; No Lima, deve-se remover os obstáculos /açudes ou torná-los transponíveis para os peixes. 

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